segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Flashs do rock

Dica da semana: Rock n´ roll exposed: The photography of Bob Gruen
           A rede de tv americana Sky Arts  para homenagear  o fotógrafo Bob Gruen produziu uma serie de quatro episódios que contam seus anos documentando a historia do rock. Aqui no Brasil ele são transimitidos no formato de longa-metragem pela rede HBO.

O fotografo do estilo de vida mais degradante da história abriu seu estúdio pessoal para o diretor Don Letts e fez uma retrospectiva de um cenário anti-heróico que se desenvolvia através das décadas. Dos anos 1960 com Led Zepplin e até os dias atuais com Green Day.

No decorrer da história de Gruen é possível notar que seu grande trunfo não foi seu amor por música, mas seu carisma, sua personalidade calma e sensível o rendeu amizades no meio e acesso a privacidade de seus novos amigos, como o ex- Beatle, John Lennon e Yoko Ono. O casal o elegeram o fotógrafo oficial de bastidores e gravações em estúdios. As primeiras fotos do filho do casal, Sean Lennon, foram tiradas exclusivamente por ele. 

Gruen esteve no ônibus de turnê dos  Sex Pistols e dos New York Dolls. Ele se envolveu na parte que dava base ao Rock, a atitude.




Uma curiosidade, mostrada no documentario é que ele nunca havia sido chamado para expor suas fotos em museus ou galerias  até  os organizadores da FAAP o chamarem em 2007.

Com pouco mais que duas horas as cenas e entrevistas com grandes nomes, como Debbie Harry (Blondie), Iggy Pop (Stooges) e Sean Lennon, o transportam para uma viagem pelas melhores décadas e bandas da historia do rock.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Praia de paulista não é mais shopping

A Movimento apresentou uma moda praia que celebra as cores. Todas as peças apresentadas, de maios a macacões ilustram um verão bem divertido e tropicalista.  A marca se focou em criar produtos comerciais, provavelmente todas as peças apresentadas serão encontradas nas lojas.
Com alças grossas e biquínis comportados de cintura marcada, a grande atração foram as estampas, derivadas de desenhos feitos a mão com paisagens, pássaros,florais e pinceladas de tinta abstrata, elas trazem o frescor das maresias para a cidade grande. A força delas é tão grande que as peças de cores sólidas parecem não pertencer à mesma coleção.
Como o tema já indica, as cores usadas são tons vibrantes de verde, laranja, vermelho, amarelo, pink, branco e preto. E o stylling, que ficou por conta de Pedro Sales, trouxe longos colares de madeira pintada, lenços que prendiam rabos de cavalo despenteados e bolsas com acabamento de vime.
A beleza foi composta por um pequeno traço de delineador dourado próximo ao duto lacrimal, lábios apagadas, o ar de nada que esta se tornando uma das grandes tendências da estação, com ênfase nas sobrancelhas.

Hunt you to the ground they will,mannequins with kill appeal

Poodles coloridos ilustram a homenagem de Reinaldo Lourenço a musa Elizabeth Taylor, falecida em março deste ano. Junto com os cachorrinhos o estilista trouxe recortes geométricos, decotes profundos nas costas, vestidos longos e calças ajustadas ao corpo e cintura muito bem marcada.
Além dos Poodles outra figura marcada na passarela foram os diamantes que apareceram nas formas das bolsas - já se tornaram peça-desejo da edição, nos vazados de couro e até mesmo na maquiagem.
            O estilista se manteve fiel à sua estética que ressalta, acima de tudo, a feminilidade. O trabalho em couro e bordados em tule, presentes desde a coleção de inverno,trouxe um peso com as transparências e recortes que lembram lingerie. Uma das peças que mais se destacou foram os sutiãs de cristal que apareciam por cima de camisas.
            O conceito de geometria e simetrismo é tão aparente que,em alguns momentos, um mesmo look, aparecia duas vezes na passarela, cadaum em uma cor-basedo show: o rosa quartzo e o preto. Além destas, a paleta também contou com obranco e pontos de azul Royal.

            A beleza de Lyne Desnoyerss e Fabiana Gomes para M.A.C acompanhou a graciosidade de toda a atmosfera,com um pequeno traço de delineador nos olhos e salpicados com um glitter cristalino e boca apagada com um tom rosado. O cabelo impecável em um simples rabo de cavalo, afinal a ênfase era na beleza de toda a mulher.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Foi dada a largada Pt Final

A 1ª noite de desfiles foi fechada com o desfile da carioca Reserva, de moda masculina. Os meninos invadiram a passarela com charutos cubanos, maquiagem estilo Chaplin e uma sátira a escolha de governo cubano. Eles investiram em roupas simples e piadas bem contadas, que explorou a atmosfera de Cuba, como a estampa que usou a moeda de Cuba e outra de hambúrguer; “Para retratar o símbolo imperialista do capitalismo, do que seria a primeira coisa a inaugurar em Cuba quando ela abrisse seus portos”, explica o diretor criativo da marca Rony Meisler.
 A equipe da Reserva não reinventou a moda, mas supriu o que seu consumidor gosta:bermudas largas de linho(inspiradas no uniforme militar cubano),camisetas bem cortadas com mistura de cores e com lavagens discretas. As nuances de dourado que apareceram não vão afastar seus clientes fieis e mostrou certo apelo de moda. 
Com a melhor cenografia do dia, toda de madeira e com uma imagem de Che Guevara, revolucionário socialista e herói cubano, com nariz de palhaço, contou com a performance da escola de dança Studio3.

Foi dada a largada Pt. 3

Quem apostou no literal pesado do Sado masoquismo foi o estilista Samuel Cirnansck. O único estilista a mostrar um desfile exclusivo de moda festa e noiva tentou sair do óbvio com geometrias e amarrações de bondage. As idéias que não são nem tão originais, conflitou com o conceito inicial do projeto, mulheres românticas, mas não afetadas e fortes, que podem pagar seus próprios sonhos. A escolha de apresentar suas modelos com mordaças e buques de flores na boca teve seu valor de choque, mas não de agrado.

Com o uso do látex e pesados zíperes de metal, o estilista criou drapeados em vestidos justos no torso, mas com saias em forma A. Para poder continuar com o tom mais pesado ele investiu nos tons maltados, de rosa- pink, amarelo, azul e off-white.
 A polêmica que o estilista queria causar com seu desfile veio mais tarde, no programa de Lilian Pacce, no canal Gnt. Onde o estilista se mostrou na defensiva e disse pérolas como: “Meus vestidos não foram feitos para serem usados mais de uma vez”.

A beleza assinada, pelo veterano, Celso Kamura, trouxe duasversões de noivas, uma delas tinha cachos bem delineados na frente e um coque na parte de trás da cabeça, e olhos de gatinha composto por dois tons de delineador: preto e rosa. A segunda versão trouxe coques banana e na maquiagem um blush bem marcado na diagonal, conhecido como cartão, inspirado nos anos 80.

Foi dada a largada Pt. 2

A noite seguiu com a Tufi Duek e Eduardo Pombal, que trouxeram um étnico gráfico e desconstruído para as salas da Bienal do Ibirapuera. Seu ponto de partida foram as cestarias xamãs e indígenas, principalmente das tribos brasileiras do Xingu.

As formas mais usadas foram vestidos, as tangas com decotes nas costas e leggins. As estampas digitais foram réplicas fiéis decestas indígenas. Vale a penas observar o grande número de detalhes que são usados durante o desfile inteiro como, por exemplo, dos microbabados que misturam fibras naturais com látex inspirado na construção de ocas. “Não queríamos um desfile com ênfase étnica então fu iescolhendo saídas mais gráficas, geométricas...”, comenta o estilista.

As índias de Pombal veem  em todas as etnias, de loiras à negras e, para ressaltar os melhores traços  de cada raça, foram apresentadas dois makes distintos. Para as loiras enfatizando as pinturas nos olhos, e para as morenas os lábios bem vermelhos.


Com um apelo simples, sem fugir do estilo pessoal de Pombal, amarca conseguiu mostrar de forma elegante e minimalista e, melhor ainda,distante do literal a mistura enorme de cores dos indígenas brasileiros.

Foi dada a largada Pt. 1



Na ressaca do Dias dos Namorados outro casal se reuniu para celebrar sua paixão: a moda e a cidade de São Paulo. Começou nesta segunda – feira, 13, a maior semana de moda da América Latina. Seu primeiro dia trouxe a esperança de ser nossa melhor semana de todos os 15 anos de existência. Ele trouxe tons de polêmica, sensualidade e Che Guevara.

O primeiro desfile, que deu a largada para a semana, foi da marca Animale, sob o estilo de Priscilla Darolt, que também trará sua marca própria àspassarelas nesta edição. Ela trouxe uma mulher forte e relaxada, com formas mais folgadas e alfaiataria clássica. Com inspiração no sul da França a estilista demonstra a sensualidade no conforto.

Foi a primeira vez que a marca aposta na silhueta confortável, ao invés dos comprimentos curtos e de propostas bem estruturadas. É possível ver a mudança desde a escolha de tecidos e aviamentos; “Esse foi o desfile mais anti- tecnológico que já fizemos” explicou ela em entrevista, “Foi dada muita ênfase no feito a mão, no crochê, no artesanal.”, até a palheta decores, onde foram explorados diversos tons de azul.

A beleza, que ficou a cargo de Max Weber,mostrou coesão com a proposta, todas as modelos, que incluiu a Über top Raquel Zimmerman, tinham cabelos lisos desfiados, um make translúcido com iluminações em dourado e tensores usados para esticar os olhos das modelos e criar a ilusão de misticismo.